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Brasil: MORO HAVIA MANDADO SUSPENDER GRAMPOS ANTES DA GRAVAÇÃO - Polícia Federal diz que apenas repa

  • Foto do escritor: nossavozfoz
    nossavozfoz
  • 17 de mar. de 2016
  • 2 min de leitura

O juiz Sergio Moro havia mandado suspender as interceptações telefônicas antes do horário em que a Polícia Federal gravou o diálogo entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira (16), no qual é discutido o termo de posse do novo chefe da Casa Civil.


De acordo com os dados do processo, o juiz diz que: "As interceptações foram autorizadas por meio da decisão do evento 4 [em 19 de fevereiro de 2016]. Tendo sido deflagradas diligências ostensivas de busca e apreensão no processo 5006617-29.2016.4.04.7000, não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação. Assim, determino a sua interrupção. Ciência à autoridade policial com urgência, inclusive por telefone. Ciência ao MPF [Ministério Público Federal] para manifestação", informa documento do processo assinado eletronicamente por Moro às 11:12.


Trinta e dois minutos depois, a secretária da vara de Moro, Flávia Cecília Maceno Blanco assina documento eletrônico dizendo que informou ao delegado da Polícia Federal, Luciano Flores de Lima, por telefone da decisão.


Entre 12:17 e 12:18, Moro envia comunicações aos diretores das operadoras telefônicas do país informando que várias linhas telefônicas não devem ser mais interceptadas.


Entre eles está o ofício à Claro solicitando que "sejam adotadas todas as providências necessárias ao cancelamento imediato da interceptação" incluindo a linha celular de Lula.


Em documento anexado às 15h34, contudo, a equipe de análise da Polícia Federal da Lava Jato informa ao delegado Luciano que às 13h32 foi gravado um telefonema da mesma linha, revelando o diálogo entre Lula e Dilma.


O juiz Moro não se pronunciou sobre o episódio. Procuradas, as assessorias da PF no Paraná e em Brasília ainda não se pronunciaram.


INTERRUPÇÃO


Em ofício no último dia 4, data em que a fase 24 da Operação Lava Jato foi deflagrada, o delegado Marcio Anselmo, da PF, afirma que a operadora Vivo suspendeu "de maneira absolutamente inexplicável" o desvio de áudios interceptados a partir das 22h do dia anterior. O policial destacou a possibilidade de prisão de envolvidos por descumprimento de ordem.


No mesmo dia, Moro determinou que a interceptação fosse retomada sob pena de prisão por obstrução à Justiça.


A operadora informou à Justiça que restabeleceu a entrega de áudios naquele mesmo dia e que adotou todas as medidas para corrigir problemas técnicos.


Confira a nota da Polícia Federal:


“Em referência à matéria ‘PF gravou Dilma e Lula após Moro interromper interceptação telefônica’, a Polícia Federal esclarece:


1 – A interrupção de interceptações telefônicas é realizada pelas próprias empresas de telefonia móvel;

2 – Após o recebimento de notificação da decisão judicial, a PF imediatamente comunicou a companhia telefônica;

3 – Até o cumprimento da decisão judicial pela companhia telefônica, foram interceptadas algumas ligações;

4 – Encerrado efetivamente o sinal pela companhia, foi elaborado o respectivo relatório e encaminhado ao juízo competente, a quem cabe decidir sobre a sua utilização no processo.


Divisão de Comunicação Social Departamento de Polícia Federal”


(Com Folhapress)

 
 
 

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