Tríplice Fronteira: FOZ DO IGUAÇU REGISTRA 1º CASO DE FEBRE CHIKUNGUNYA - Doença foi contraída no no

A Divisão de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMSA) registrou o primeiro caso de febre Chikungunya em Foz do Iguaçu. O resultado positivo para a doença foi confirmado nessa segunda-feira, 4, por meio de exames. A paciente é uma mulher de 61 anos que reside na Vila C, região Norte da cidade. Ela apresentou os sintomas ao retornar de uma viagem ao estado de Alagoas em novembro do ano passado.

A moradora de Foz teria contraído a doença na cidade de Palmeira dos Índios, na divisa com Pernambuco. O município nordestino já registrou vários casos suspeitos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti com uma morte. A paciente esteve na cidade em visita a sua mãe, de 84 anos, que estava com febre Chikungunya. Ao retornar para Foz, no dia 13 de novembro, ela apresentou falta de sensibilidade nas mãos e pés, dores nas articulações, vômito e sede excessiva, sintomas clássicos da doença.

No dia 14 de novembro, a mulher procurou a Unidade de Pronto Atendimento João Samek (UPA 24h), onde foram solicitados vários exames. O teste para dengue deu negativo, e essa semana o resultado positivo para a Chikungunya foi confirmado. A paciente está sendo acompanhada pela equipe do Programa Saúde da Família, da Atenção Básica, e ainda está em tratamento.

ZIKA VÍRUS

A Divisão de Epidemiologia também monitora outra doença transmitida pelo Aedes Aegypti: o Zika Vírus. Desde novembro do ano passado já foram registrados 16 casos suspeitos da doença. Os resultados dos exames, que podem demorar até dois meses para ficar pronto, ainda não foram divulgados.

CCZ FAZ BLOQUEIO NA VILA C

A notícia de um caso importado de febre Chikungunya em Foz do Iguaçu levou o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) a fazer um trabalho ostensivo na região em que a paciente mora, na Vila C Nova. Além da aplicação do fumacê para eliminar o mosquito Aedes Aegypti adulto, também foram feitas visitas domiciliares para identificar criadouros do mosquito.

Nessa quarta-feira, 6, os agentes iniciam na mesma região, o mapeamento do local ou Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa). Em outubro do ano passado, o Índice de Infestação Predial (IIP) era de 3,61% no município, ou seja, de cada 100 casas vistoriadas, entre 3 e 4 tinha larvas do mosquito. O número classificou o município como risco médio para a dengue. Em 2015, foram confirmados 2.587 casos de dengue em Foz, sendo que 48 foram contraídos em outros estados brasileiros ou países.

IMPRENSA

O enfermeiro Roberto Doldan estará disponível para informações e entrevistas nessa quarta-feira, 6, às 9h, na Divisão de Epidemiologia da SMSA, que fica ao lado da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Yolanda. Ele poderá explicar sobre os sintomas da doença, e os riscos de um caso importado para a população da fronteira.

Logo depois, às 10h, o agente de endemias William Gomes também estará disponível no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), e poderá explicar como foi realizado o bloqueio na região da Vila C para evitar a contaminação do mosquito transmissor. O coordenador de combate ao vetor também poderá informar como será realizado o LIRAa, cujo trabalho inicia nessa quarta-feira na mesma região.

(Com AMN)