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Foz do Iguaçu: A FORÇA DOS AGENTES DE SAÚDE - Profissionais são fundamentais no mutirão contra o mos

  • Foto do escritor: nossavozfoz
    nossavozfoz
  • 15 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

O Dalai Lama, líder supremo da religião budista, escreveu que “cuidar dos interesses dos nossos vizinhos é essencialmente cuidar do nosso próprio futuro”. A frase, que poderia ser usada para incentivar a relação de afeto entre quem mora na mesma rua, quarteirão, bairro ou comunidade, cabe direitinho para exprimir a importância de um profissional que vive ao nosso lado: o Agente Comunitário de Saúde (ACS). Você pode não conhecer os ACSs que atuam no seu bairro, mas eles certamente sabem quem você é.


Luciana Machado e Marta Mendes são agentes há quatro anos. Elas trabalham no bairro Jardim América, na região central de Foz do Iguaçu. Ambas conhecem o local desde a infância. “Nascemos aqui, estudamos nas escolas do bairro e conhecemos todos nos moradores, especialmente os mais antigos”, disse Luciana. “Quando fazemos nossas visitas chamamos as pessoas pelo nome, pois já as conhecemos e temos até uma certa intimidade com a maioria”, completou Marta.


De fato, é assim! Luciana e Marta convivem o ano todo com seus vizinhos. Elas integram o Programa Saúde da Família (PSF) e facilitam o acesso dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) a Unidade Básica de Saúde (UBS). “Os ACSs têm um contato continuo com os moradores e tratam de diversos assuntos, desde aspectos familiares até de endemias. Eles podem auxiliar, orientar e encaminhar esse morador para que tenha acesso aos serviços”, explicou o diretor de Atenção básica, Carlos Santi.


No dia a dia do trabalho, ao visitar um morador doente e acamado, por exemplo, os agentes já têm como foco a higiene e limpeza do quintal. Mas há três anos, eles também passaram a reforçar os mutirões de combate à dengue, e são considerados fundamentais no sucesso dessa ação. “O ACS gera confiança no morador, que recebe e segue suas orientações”, afirmou Santi.


Desde o dia 30 de novembro, os mais de 300 ACSs de Foz do Iguaçu estão dedicados integralmente ao Mutirão de Combate ao Aedes aegypti, campanha desencadeada e coordenada pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). Diariamente eles visitam as residências e comércio de até dois quarteirões. No Jardim América, a região das agentes Luciana e Marta, há áreas populosas e o trabalho, às vezes, se restringe a um quarteirão por dia.


Na Rua Uruguai, elas visitaram a dona de casa Emilia Aquino, de 40 anos. “Elas prestam atendimento à minha irmã que está grávida, e sempre nos orientam sobre os cuidados com o quintal”, disse Emília, que conhece a dupla há mais de dez anos. Na casa dela, não foram encontrados focos ou criadouros do mosquito. “Eles zelam pela higiene, o pátio está sempre limpo e as garrafas protegidas e viradas com o bocal para baixo. Esse cuidado facilita muito o nosso trabalho”, disse Luciana.


Na Rua Venezuela, a dupla de ACSs encontrou outra velha amiga, com quem elas inclusive estudaram na infância. Na casa da Sirlene Dalomba também não foram encontrados criadouros ou locais de risco para a família, mas a moradora denunciou o descaso dos vizinhos. “Tem gente jogando lixo em frente a terrenos baldios”, disse.


A reclamação da moradora era de um trecho da Rua Di Cavalcanti em que o passeio público não tem calçamento, e o mato esconde o lixo jogado. Em um pedaço de lona, foi encontrada uma pequena poça com água parada. “Esse é um risco grande para a população, pois esse pequeno reservatório de água pode se transformar num criadouro para o mosquito da dengue, que também transmite a shikungunya e o Zika Vírus”, alertou o coordenador de Educação em Saúde do CCZ, Thiago Cavalcante.


Os desafios dos ACSs na rotina diária são muitos. Eles enfrentam o frio, a chuva, o sol e o calor, mas seus esforços garantem mais tranqüilidade aos moradores e suas famílias. A função de agente de saúde foi criada oficialmente no fim da década de 1980, mas o papel do ACS remonta ao século XVIII, quando os Czares russos contavam com os feldsher, os barbeiros do campo, responsáveis pela higiene e saúde das tropas imperiais.

(Com AMN)

 
 
 

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