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Brasil: MICHEL TEMER ASSINOU PEDALADAS FISCAIS EM 2014 E 2015 – Tribunal de Contas da União deverá a

  • Foto do escritor: nossavozfoz
    nossavozfoz
  • 9 de dez. de 2015
  • 3 min de leitura

Caso sirvam de argumento para apear Dilma Rousseff da cadeira presidencial, as pedaladas fiscais podem ameaçar também seu sucessor direto, o vice-presidente Michel Temer (PMDB). Entre 2014 e 2015, Temer assinou pelo menos três decretos não numerados de crédito suplementar para diversos órgãos do Poder Executivo, estados e municípios, e liberou, sem o consentimento do Congresso, como exigido por lei, cerca de R$ 8 bilhões.


Os documentos analisados se referem a novembro de 2014 e maio de 2015, subscritos por Temer na ausência de Dilma do país, e são semelhantes aos decretos da presidente apelidados de pedaladas fiscais e que justificaram a abertura de processo de impeachment contra ela.

Juristas e políticos discutem se as pedaladas fiscais podem ensejar o impedimento da presidente. A Lei do Impeachment, de 1950, determina que um presidente estará sujeito à cassação se “ordenar ou autorizar a abertura de crédito em desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal”, caso em que se enquadram as pedaladas.


No entanto, a Constituição Federal de 1988 menciona apenas “crime de responsabilidade contra a lei orçamentária”, sem especificar quais são as infrações passíveis de punição. Para o governo, a presidente não pode ser responsabilizada pelo que consideram ser apenas uma manobra contábil. Oposicionistas defendem que ela violou a lei orçamentária. Qualquer que seja a tese vencedora, no entanto, ela deverá ser aplicada também ao vice-presidente.


— Essa história não tem nada a ver com crime de responsabilidade, mas se isso for usado para derrubar a presidente Dilma, o Michel Temer está dentro também. Peço o impeachment dele no dia seguinte — afirmou o ex-ministro da Fazenda, Ciro Gomes, o primeiro a apontar a assinatura de Temer nas pedaladas.


Diante da informação de que o vice assinou pedaladas fiscais, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) encaminhou ontem ao Tribunal de Contas da União (TCU) pedido para que o Tribunal analise se Temer também cometeu irregularidades em relação à lei orçamentária. Dias disse que sua iniciativa é pessoal e não partidária e que entende que Dilma e Temer devem estar submetidos ao mesmo crivo:


— Temos que ter coerência — disse Álvaro Dias.


Já o jurista Hélio Bicudo, autor do pedido de impeachment contra Dilma, se recusou a opinar sobre a situação de Temer e um eventual novo pedido de impeachment:


— Não vou falar sobre hipóteses. Se o vice assumir, veremos. CARTA ‘INFANTIL’ E ‘VAIDOSA’


Na noite desta segunda-feira, a tensão entre Dilma e Temer escalou alguns degraus depois do vazamento de uma carta escrita pelo vice e endereçada à presidente em que ele afirma que jamais recebeu a confiança da petista.


O vice ainda reclama de atos que o teriam desprestigiado, como o fato de Dilma não tê-lo convidado a uma reunião com Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos. Aliados de Dilma e de Temer se acusam mutuamente pelo vazamento do documento. O teor da carta foi alvo de duras críticas de Ciro Gomes, que falou ao GLOBO na tarde desta terça-feira:


— Eu estou com vergonha de ser militante político no Brasil. Nunca imaginei ver uma carta assinada pelo vice-presidente de tão baixo nível, infantil, vaidosa. Eu ri com vontade de chorar. É inacreditável que ele reclame que não foi chamado para reunião com vice dos Estados Unidos, para reunião com Jennifer Lopez ou sei lá quem — ironizou o ex-ministro da Fazenda.

(Com JB On Line)

 
 
 

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