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América Latina: MAURICIO MACRI É ELEITO PRESIDENTE DA ARGENTINA - Argentinos elegeram o opositor par

  • Foto do escritor: nossavozfoz
    nossavozfoz
  • 23 de nov. de 2015
  • 3 min de leitura

O conservador Mauricio Macri foi eleito neste domingo, 22, presidente da Argentina. Com 99% dos votos apurados, o empresário e prefeito de Buenos Aires vencia o governista Daniel Scioli por 51,4% a 48,6%. Com o resultado, o kirchnerismo deixará, em dezembro, a Casa Rosada após 12 anos no poder.


Por volta de 21h50 (22h50 em Brasília), o atual chefe de governo da cidade de Buenos Aires começou seu primeiro discurso como presidente eleito. Com lágrimas nos olhos, agradeceu os filhos e a mulher, Juliana Awada, lembrou dos avós e dos pais e abraçou a secretária do pai, Anita, que até hoje trabalha com ele.


O conservador fez um apelo a todos os eleitores. “Peço que não me abandonem. Em 10 de dezembro começa outra Argentina”, completou. Após discursar, Macri dançou no palco, enquanto os militantes celebraram com refrigerante.


Um foguetório e buzinaços começaram no bairro da Recoleta e centenas foram para o Obelisco, que concentra comemorações de vitórias no futebol. Seus militantes começaram a celebrar tão logo a votação foi encerrada, às 18 horas (19 horas em Brasília). Logo após o fechamento das urnas, pesquisa divulgada pela coalizão que ele lidera, a Cambiemos, apontava vantagem de 10 pontos sobre Scioli.


Às 21h30 (22h30 em Brasília), Scioli admitiu a derrota. O candidato da presidente Cristina Kirchner mencionou conquistas de 12 anos com argumentos e dados usados em campanha, mas num tom humilde. “O povo escolheu uma mudança. Espero que essa mudança supere o que foi feito. Desejo que o engenheiro Macri tenha sucesso”, afirmou Scioli, apontado como favorito até o primeiro turno, quando obteve 37%, ante 34,1% de Macri.


Ontem, um resultado decisivo foi o da Província de Córdoba, onde o conservador teve 71% dos votos, ante 28% de Scioli.


Perfil


Macri, de 56 anos, é filho de um dos mais importantes empresários da Argentina, Franco, beneficiado com concessões de obras na área da construção nos anos 80 e 90, período em que se aproximou do peronismo.


O candidato vencedor começou a tornar-se conhecido em 1991, aos 32 anos, quando foi alvo de um sequestro que durou 14 dias. Um grupo de ex-policiais federais o manteve no sótão de uma casa na zona norte da capital. Ao ser capturado, foi agredido e transportado em um caixão. Foi libertado depois de a família pagar US$ 6 milhões. Quatro anos depois, tornou-se presidente do Boca Juniors, clube de futebol com o maior número de torcedores no país. Macri ficou no comando da agremiação até 2007.


Em 2005, o agora presidente eleito fundou o Proposta Republicana, partido de viés liberal cujo objetivo era romper a polarização entre o peronismo e a União Cívica Radical (UCR). Quando manifestou sua vontade de chegar à presidência da Argentina, ganhou um oponente de peso: o próprio Franco Macri.


“Ele tem cabeça para ser presidente, mas não coração”, afirmou o empresário, que este ano se reaproximou do filho indo a um de seus últimos comícios. No discurso da vitória, Macri agradeceu pelas oportunidades dadas pelo pai.


Um dos maiores desafios da campanha de Macri foi atenuar a imagem de herdeiro abastado, ligado a milionários. “Essa mudança ocorre há dois anos. Acho que rompeu o preconceito de que trabalhava para os que mais têm pelo trabalho na cidade de Buenos Aires”, disse ao Estado Mariel Fornoni, diretora da consultoria Management & Fit.


Macri começou a governar a capital argentina em 2007 e foi reeleito em 2011 - ano em que desistiu de concorrer contra Cristina, aconselhado por marqueteiros que viram a presidente mais forte após a morte de Néstor, em 2010.

(Com Agências Estado e Folhapress)

 
 
 

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