Brasil: PROCURADORIA DA REPÚBLICA PEDE AO SUPREMO PARA INVESTIGAR PRESIDENTE DO DEM – Um dos que se
- nossavozfoz
- 6 de out. de 2015
- 2 min de leitura

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), suspeito de cometer os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, de acordo com fontes com acesso às investigações.
O senador é suspeito de combinar o recebimento de propina com executivos da construtora OAS com valores desviados das obras de Arena das Dunas, estádio no Rio Grande do Norte que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
O pedido de abertura de inquérito será encaminhado à presidência do Supremo para ser redistribuído. O caso é mantido oculto no sistema do Tribunal.
A Arena das Dunas foi colocada à venda em março deste ano pela OAS, responsável pela obra, menos de um ano depois dos jogos. A medida fez parte de um pacote da construtora para evitar prejuízos junto aos credores.
Com dívida de R$ 8 bilhões, a companhia enfrenta dificuldades de crédito no mercado desde que foi vinculada ao esquema de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.
O estádio potiguar custou R$ 423 milhões e foi construído por meio de uma parceira público-privada. Desse total, R$ 100 milhões foram financiados pela OAS; o restante, pelo Governo do Rio Grande do Norte via BNDES.
Investigação
Em março, o STF abriu um inquérito contra Agripino, suspeito de ter cobrado propina no valor de R$ 1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do Rio Grande do Norte. O parlamentar foi citado em delação premiada de um empresário do Estado. O caso está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia e tramita em segredo de justiça no Tribunal.
Mais Acusações
Agripino já é alvo de outro inquérito no STF que investiga acusação de um empresário de Natal que teria negociado propina com políticos para aprovação de leis.
O caso em questão diz respeito a um instituto montado pelo empresário George Olímpio para prestar serviços de cartório ao Detran, que cobrava taxas de cada carro financiado no Estado. Ele teria pago propinas para agilizar a tramitação do projetos de um lei que criava a inspeção a inspeção veicular da qual se beneficiaria.
Em delação premiada, Olímpio disse que Agripino teria lhe pedido R$ 1 milhão para campanhas políticas e que ele entendeu o pleito como uma chantagem: ou daria o dinheiro ou perderia o comando da inspeção veicular.
Ele ainda alega ter entregue parte do dinheiro, R$ 300 mil, e ter feito empréstimos com pessoas indicadas por Maia para completar R$ 1 milhão.
(Com Agência Estado e Folhapress)
Comments