TRÍPLICE FRONTEIRA: GREVE DE ELETRICITÁRIOS DE ITAIPU CAUSA PREJUÍZOS AO TURISMO DA FRONTEIRA - Para
- nossavozfoz
- 24 de set. de 2015
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A greve dos eletricitários da Usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, tem provocado reflexos no setor de turismo da fronteira. Desde o início da paralisação por tempo indeterminado, no dia 16, os passeios pelo complexo estão suspensos. Com isso, apontam guias e empresários do setor, muitos turistas estão deixando de viajar para a região.
A entrada na hidrelétrica é permitida apenas aos funcionários da segurança e dos setores ligados à geração de energia. O grupo está acampado em frente ao portão da usina. Mais de cinco mil pessoas que trabalham e estudam no Parque Tecnológico Itaipu, entre outros, estão impedidas de chegar até o local.
"São três universidades, a Unila, a Unioeste e a Universidade Aberta do Brasil, temos 27 empresas incubadas e diversos institutos de pesquisa e projetos de educação e inclusão social que estão parados", comentou o superintendente do PTI, Juan Carlos Sotuyo.
Desde o começo da greve, ao menos 14 mil visitantes deixaram de fazer os passeios pela usina, muitas reservas foram canceladas e o dinheiro teve que ser devolvido aos visitantes. Com isso, somente o Complexo Turístico de Itaipu deixa de arrecadar R$ 50 mil por dia com os passeios não realizados.
Uma agência de turismo da cidade, por exemplo, deixou de atender 500 pessoas nos últimos sete dias. O Complexo Turístico de Itaipu é um grande chamariz para Foz do Iguaçu. Nesta semana, porém, não estamos conseguindo levar os turistas para a usina, o que significa um dia a menos na cidade , comentou o gerente comercia, Garon Piceli. E, de acordo com o Conselho Municipal de Turismo (Comtur), cada turista gasta em média US$ 80 por dia na cidade.
Segundo os grevistas, a situação deve se estender até que haja um acordo. A categoria pede principalmente a equiparação salarial dos funcionários brasileiros com o dos empregados do lago paraguaio da binacional. "Não estamos pedindo aumento dos salários maiores, mas o ajuste dos salários menores dos trabalhadores brasileiros", apontou o representante do comando de greve, Assis Paulo Sepp.
Em nota, a direção de Itaipu informou que "sempre esteve aberta ao diálogo e à negociação com o movimento sindical e nunca mediu esforços para viabilizar uma solução binacional para a questão das tabelas salariais, empenhando-se na busca de uma proposta que corrige as distorções entre as margens, mas que, ao mesmo tempo, seja economicamente sustentável para a entidade.
(Com G1)
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