PARANÁ: ESTADO TEM A PRIMEIRA DOUTORA QUILOMBOLA DO BRASIL – Estado tem duas escolas estaduais que f
- nossavozfoz
- 14 de set. de 2015
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O Departamento da Diversidade, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná conta com a primeira doutora quilombola do Brasil. A professora da rede estadual de ensino Edimara Soares terminou o doutorado em 2012 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), ao defender a tese “Educação Escolar Quilombola: quando a diferença é indiferente”.
O conhecimento que ela ganhou durante a pesquisa é disseminado e debatido em cursos sobre educação escolar quilombola. O Departamento da Diversidade existe desde 2008 na Secretaria da Educação, e Edimara Soares trabalha na coordenação da educação das relações das diversidades etnicorraciais e quilombola.
O Paraná tem duas escolas estaduais que funcionam dentro de comunidades quilombolas, o Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, na comunidade João Surá, em Adrianópolis, e a Escola Estadual Quilombola Maria Joana Ferreira, na comunidade Adelaide Maria da Trindade Batista, em Palmas.
Além disso, outras 43 escolas estaduais atendem alunos que moram em comunidades quilombolas. O Paraná tem 37 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Governo Federal, como remanescentes de quilombos.
ARTICULAÇÃO DO CONHECIMENTO – Edimara dedicou quatro anos aos estudos, sendo dois de pesquisa de campo nas escolas estaduais quilombolas do Paraná e nas comunidades do Vale do Ribeira, Palmas e Guaíra.
“Na minha pesquisa tratei da importância da educação escolar nos quilombos, em como fazer a articulação do conhecimento da comunidade quilombola com o conhecimento científico já produzido pela humanidade”, afirma a doutora Edimara Soares.
Edimara morou até os 15 anos no quilombo Estância do Meio/Timbaúva, que fica na cidade de Formigueiro, interior do Rio Grande do Sul. Saiu de lá para fazer o ensino médio na cidade e depois passou no vestibular de geografia na Universidade Federal de Santa Maria, onde se formou em 2007.
POSSIBILIDADES E DESAFIOS - Para a pesquisa do doutorado a professora enviou questionários para professores, funcionários e lideranças das comunidades quilombolas do Paraná. Também fez várias entrevistas com essas pessoas nos cursos de formação inicial e continuada ofertados pela Secretaria da Educação sobre as possibilidades e desafios de implementação da política de Educação Escolar Quilombola.
Foram dois anos em campo coletando informações. Todo o conhecimento acumulado agora é repassado em cursos de formação para professores.
(Com AEN)
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